Especialista aponta quais as soluções que os departamentos de TI precisam adotar quando optam pela virtualização
Tempos atrás, quando os servidores eram somente físicos, os administradores de sistemas gastavam todo o tempo vagando de uma máquina para a outra, com ferramentas e soluções projetadas para analisar o desempenho e a estabilidade dos equipamentos.
Hoje, os projetos para virtualização de servidores superam o número de equipamentos físicos em muitos data centers, ao mesmo tempo em que os departamentos de TI contam com equipes enxutas e um orçamento apertado para investir em ferramentas de gestão.
A seguir, o especialista em infraestruturas virtuais e autor de livros sobre o tema Greg Shields, aponta cinco ferramentas em que os gestores de TI precisam investir para garantir a estabilidade e a performance dos ambientes virtualizados.
1 – Gerenciamento da capacidade
De acordo com Shields, gerenciar a capacidade da infraestrutura virtual é um passo crítico. A questão sai do poder do servidor físico e passa a ser como atribuir capacidade para cargas de trabalho específicas, em máquinas virtuais. Tudo isso precisa ser monitorado com a meta de garantir que as demandas por recursos de cada máquina virtual seja atendida. “Sem essa ferramenta, não é possível saber quanto um serviço custa para organização, o que dificulta a tarefa de construir IaaS (infraestrutura como serviço) interna”, avalia.
2 – Otimização de desempenho
Os problemas de desempenho relacionados aos servidores físicos são relativamente fáceis de resolver, pois geralmente o mau funcionamento está associado a um componente específico. No ambiente virtual, a questão pode estar relacionada ao eixo de contenção do storage, atribuição excessiva ou menor do que a necessária de RAM e processador, uso de largura de banda, entre muitos outros elementos a serem analisados.
Softwares adequados permitem identificar dados sobre desempenho, configuração e capacidade, facilitando a identificação desses problemas.
3 – Gerenciamento de storage
Segundo o especialista, armazenamento continua sendo uma das maiores dores de cabeça para quem lida com infraestruturas virtuais. A conversão dos servidores físicos requer mais espaço de storage no data center e nem mesmo as máquinas criadas especificamente para ambientes virtuais conseguem atingir seu melhor desempenho sem um trabalho específico.
Ele explica que as companhias encontraram boas maneiras de trabalhar com CPU, densidade de memória e inicializações de sistemas em cascatas que geram muito tráfego de informações, mas ainda não conseguem otimizar o armazenamento para ambientes virtuais. Também costumam falhar em criar prioridades no tráfego de dados com relação ao storage para que os gargalos do sistema não prejudiquem todo o ambiente. Essa tarefa, na visão de Shields, depende de softwares específicos, voltados a analisar sistemas automaticamente para gerenciar entrada e saída de dados, desempenho e recursos do storage.
4 – Suítes de gerenciamento para virtualização
Muitos fornecedores de gerenciamento para ambientes físicos se apressaram em entrar no mundo virtual e alguns o fizeram com eficiência. Algumas das principais empresas do mercado se esforçam em criar suítes de gerenciamento com diversas funcionalidades de automação. Um ambiente pode se beneficiar muito de uma suíte completa após estudar as funcionalidades entre as diversas opções do mercado e optar por uma que mais se encaixa em suas necessidades.
5 – Planejamento e gestão para virtualização de desktops
Ambientes virtuais são mais complexos do que servidores físicos por conta do ecossistema adicionado à máquina física. Shields conta que o problema ganha mais força quando o projeto inclui a virtualização de desktops.
A complexidade adicional fica por conta dos diversos formatos do desktop: pode ser uma máquina virtual dedicada a cada usuário ou um único sistema operacional rodando na ponta do servidor, compartilhando recursos entre usuários. Daí a necessidade de soluções que ajudem nas tarefas de gerenciamento.
Fonte: www.cio.uol.com.br